domingo, 19 de abril de 2009

O Tempo Das Tchitchorras

Sendo, porbentura, filho do poboado mais nobre e enducado que poderéis encontrar, empeço esta crónica c'um enorme pedido de desculpas òs mais fiéis leitores de tamanha pantaranha. É um pedido de desculpas por'àusência, que sob o ponto de bista do sou significado pró inteleto, poderá ser defícil d'aceitar... Mas deitcho isso com bós outros...
Só bos peço que compreendáis qu'as cisrcustânças assi no têm ditado porque engroujido já sabéis que no no sou...
Tenho endado cansado (no no nego), de tal forma que mal consigo dormire... E quando tudo indicaria o contrário... Quanto mais cansado... mais pensatibo! E tanto pensare resultará por certo nalguã cousa!
Nos pouques momentos que sou capaze de cerrar olhe tenho-me deparado co as cousas mais raras qu'àlguém alguã beze será capaze d'imaginar.
Onte sonhei com duas tchichorras... Belas... não duã beleza qualquera, não duã beleza bulgar nem clássica... Eram duã beleza atraente...gostosas...tcheirosas...toque catibante... Cousa boa?! Jasus... De bradar òs céus quando toc'à hora do despertar, num suspiro de cerrar os olhes de nobo na esperança de comungar co'êlas mais um cibo... Assi no fizo. Resultado tangíbel :(alguã coisa será sempre, porque tudo nunca é possíbel e nada inda menos) olhes doridos e uãs flatchadas que se quedaram em minha bista o dia todo... Falta de jeito? No no creio... Força Bruta? Puri...
Certo é que nunca mais nas bi... Tamên nunca nas habia bisto, mas bede a putência da caruma humana ò ser capaze d'elaborare images tão bên postas que se me pediráis, seria capaze de bô-las desenhar agora mesmo!Hum?!
Se estou triste?! Amigos... passado o tempo d'alegrar as binhas num há lugar pra tristezas... E mais a mais cai agora a primeira àuguinha do Abril! Nada cmo era no antigamente pous pra tchegáreis à casa dos milhares munta argúcia teréis que ter co tátcho pra n'àpanhar...
Tempo frio, pouca àuga, sol pessonhento... Nácim êlas!! É tempo pra tudo menos pra confusões que confundido and'ó mundo!
Bei-se tudo de saqito na mão por esses soutos, leiras, escampãiros... Tudo trás dêlas... Há quim goste dos rebiós, alourados, bistosos, mas nos confunda cos pé-de-pita... Quim num sabe é cmo quim num bê e esses lebam tudo d'à feito... Há quim prefira o nízcaro ou a roca e por isso corra os soutos e as restrolhas... Há quim simpatize co as santchas e os escurinhos tchapéu-de-frade... Há inda quim corra os pinhos com olhe de gabião trás das marelinhas pinheiras, mas bale-le de pouco o encanto pous é certo o berdete ò fim d'as arreigar...
Pra mim tchitchorra tragábel num será uã qualquera... Esquisito sou e bên no sabe quim próximo de mim é... claro que num dizo não a um bô rebió ou a uã boa roca, pous oportunidades, me ensinéram a mim, num são pra desperdiçar...
Num fungindo à questão... tchitchorra séria, limpa, precisa e bên posta... só a pantorra!
Cara?! Mais qu'o dinheiro!... Rara?! Só debaixo do sardeiro!...
E Ou sei no que digo! Tchitchorra que passe da gola do bento pra baixo tên que ter toque especial e só a pantorra cos sous picarós, da espéce da pele do bulho, poderá saciar quim tais anseios tên...

E pronto... Aguardando o petisco gostoso por aqui fico... Bós por aí bos quedaréis... Mas... psssssttttt eh!!! Donos de bitcharada... Que nunca bos lembre de querer um Pégasos... Fodéis o corno à turina... arreigáis as asas ò capão... e o matcho é que bai sustentar toda a surrapa que aprontáreis.... Boar?! Hóme... Quanto mais alto endéreis maior poderá ser no tombo...

Um bên haja... E cuidado co'as tchitchorras num bos fazam lançar fora... (Ah e já agora lembrai-bos sempre de parare, num bos marquim a testa cum porrete...)

4 comentários:

Aiedail disse...

Carálhitcho, cassim tibe saudades dêstas sentenças. Há-de sempre haber uã tchitchorra mim boa pra bancê home

RedHead disse...

Deitcho-bos aqui esta troba mui famosa:



-Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?

Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo!
Ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado
aquel que mentiu do que mi ha jurado!
Ai Deus, e u é?

-Vós me preguntades polo voss'amigo,
e eu ben vos digo que é san'e vivo.
Ai Deus, e u é?

Vós me preguntades polo voss'amado,
e eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é san'e vivo
e seerá vosc'ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é viv'e sano
e seerá vosc'ant'o prazo passado.
Ai Deus, e u é?

O prometido é debido num é?

Cabadore disse...

Cara Barbarella... antes de mais nada bem binda ò poboado e desejo poder contar com a sua presença assidua neste espaço! Hum?! Nem que seja só prós botos prá junta à qual me candidatarei em brebe... E é sempre bô boltar às origes... E claro gente de palabra será outra cousa por certo... Glória te deseja nossa gente!

Aiedail disse...

Olhai, digubujuã coisa, mas fica aqui, só intre nós. Há tchitchorros que uã pessoa até fica parba. Bôs bôs que até dá dó de os comer... Que coisa tão malina.. O pior é que há sempre alguim que os colhe antes da gente les poder botar a mão...